O HOMEM QUE SERIA
Quando me vi desenhado por tuas palavras,
logo reconheci o homem que eu seria:
Nos teus braços esquecido do que fui,
a lembrar o desejo de ser o outro que via.
Desenhado em tuas palavras
reconheci o homem que ainda seria:
nos teus braços, esquecido de mim,
a lembrar-me outro que via.
Quando me vi, desenhado por tuas palavras,
reconheci logo o homem esquecido
nos teus braços que ainda seria.
Nos teus braços esquecido,
na tua boca reinventado.
Do mundo sem fazer conta,
(sem medida) embriagado de servir-te calado.
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